Entre os dias 08 e 21 de Março de 2021, as ações de combate ao tráfico de fauna divulgadas na mídia e por instituições governamentais, indicam que pelo menos 14.464 animais silvestres foram alvo de atividades ilegais. Este número não reflete a totalidade dos animais apreendidos, uma vez que nem todas as notícias reportam a quantidade de animais em cada apreensão. Por este motivo, adotamos “pelo menos” ou “ao menos” para descrever o número mínimo de animais contabilizados. Do número mínimo apurado, pelo menos 15 eram animais já abatidos. Dois vieram a óbito como resultado dos maus tratos durante as atividades criminosas. Foram também apreendidos 4500 Kg de pescado e 1488 Kg de carne de caça ilegais. No total de animais apreendidos, puderam ser identificadas ao menos 22 espécies da fauna silvestre, dentre estas uma espécie exótica. Considerando os grandes grupos taxonômicos, a grande maioria dos animais (14 mil) é representada por uma espécie de invertebrado, o minhocuçu (ou minhoca gigante), todos provenientes de uma única apreensão. 242 aves não tiveram suas espécies identificadas bem como 18 animais silvestres.
Neste período, 28 ações de combate ao tráfico de fauna decorreram em 16 estados brasileiros. As ações mobilizaram 38 unidades dos órgãos governamentais, totalizando
R$ 7.229.321,64* em multas emitidas e a autuação de pelo menos 77* infratores.
AUTUANTES NAS APREENSÕES
Órgãos que atuaram em coordenação:
3° Companhia Independe de Polícia Militar (CIPM) - BA
14°Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Muniz Ferreira- BA
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) - CE
Receita Federal -CE
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) - MS
Polícia Rodoviária Federal - MS
2ª Companhia da Polícia Militar Ambiental de Areia - PB
Secretária Estadual do Meio Ambiente - PB
Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde - PR
Guarda Municipal de Curitiba – PR
Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Curitiba – PR
1º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (1ºBPAT) de Canela - RS
3° Batalhão Ambiental da Brigada Militar (3º BABM) de Canela – RS
Delegacia de Polícia de Cerro Grande do Sul - RS
Comando Ambiental da Brigada Militar - RS
Operação “Chasseur”:
Centro de Cooperação Policial Brasil França (CCP)
Exército Brasileiro Parque Amazonico da Guiana e Legião Estrangeira
Polícia Federal
Órgãos que atuaram de forma independente:
2ª Companhia de Polícia Ambiental (2ª CPAmb) de Campina Grande - PB
4º Pelotão da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMA) de João Monlevade - MG
9ª Companhia Independente da Polícia Militar do Espírito Santo - ES
A Polícia Militar Ambiental de Ibaté - SP
A Polícia Militar Ambiental de Uberaba - MG
Batalhão de Polícia Ambiental - PB (Operação Vôo Livre)
Batalhão de Policiamento Ambiental- AM
Polícia Ambiental de Umuarama - PR
Polícia Civil, Departamento de Narcóticos (Denarc) da Delegacia Regional de Itabaiana - SE
Polícia Militar - SC
Polícia Militar de Valença do Piauí - PI
Polícia Militar Ambiental de São Carlos - SP
Polícia Militar Ambientalde Tupã - SP
Polícia Militar Ambiental de Aparecida - SP
Polícia Militar Ambiental de Roseira - SP
Polícia Militar Ambiental do Rio de Janeiro - SP
Polícia Militar de Canelinha - SC
Polícia Militar de Minas Gerais MG
Polícia Rodoviária Federal - SP
Polícia Rodoviária Federal - AL
Para ver as notícias sobre o tráfico de fauna, divulgadas neste período, clique aqui.
O Observatório do Tráfico faz um levantamento das ações de combate à coleta, manutenção e comércio ilegal de fauna silvestre no Brasil. Seu objetivo é contribuir para a conscientização sobre esse grave problema e também mostrar o trabalho intenso e incansável de diferentes instituições de fiscalização e aplicação da lei.
Os dados recolhidos pelo Observatório do Tráfico são das ações que foram noticiadas pela mídia e/ou pelos sites oficiais das instituições que realizaram as autuações. É importante ressaltar que muitos animais comercializados ilegalmente não são detectados e apreendidos. Além disso, nem todas as ações de combate ao tráfico de fauna são noticiadas e, portanto, acabam não sendo incluídas na compilação do Observatório.
*Como algumas notícias não informam a quantidade exata de animais apreendida por cada espécie, nossa estratégia de análise dos dados é conservadora e consideramos o número mínimo de animais e espécies envolvidas nas ações reportadas. A mesma estratégia é adotada para o cálculo do número total de infratores e valor total de multas emitidas.
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