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A MAIOR OPERAÇÃO DE COMBATE AO CRIME CONTRA A VIDA SILVESTRE REALIZADA NA HISTÓRIA DA ARGENTINA


Força-tarefa argentina prende chefão do safári que recebia milhares de caçadores

(São Paulo) 08 de agosto de 2024- Hoje, as autoridades argentinas confirmaram à Freeland que quatro dos principais suspeitos estão sob custódia após incursões em 13 locais por toda a Argentina, onde foram apreendidas inúmeras quantidades de bens (carros, motocicletas, títulos de propriedade/escrituras) que supostamente teriam sido gerados de maneira criminosa e que poderiam chegar a 50 milhões de dólares.  Essa operação é a maior operação de combate ao crime contra a vida silvestre realizada na história da Argentina. Os investigadores estão agora perseguindo os fugitivos restantes e investigando possíveis vínculos com países vizinhos.


Jorge Nestor Noya foi alvo de uma força-tarefa de várias agências liderada por promotores, policiais federais e agentes ambientais, após anos de investigações sobre seus negócios, que revelaram, entre outras coisas, que ele estava recebendo milhares de caçadores nos últimos anos para matar onças, pumas, capivaras, catetos, veados e outras espécies. Foi uma investigação realizada pela Procuradoria Federal 1 de Lomas de Zamora, liderada pelo Procurador-Geral Adjunto, Sergio Mola, Secretário encarregado do Procurador Assistente Juan Pablo Arci, em conjunto com o Departamento de Crimes Ambientais da PFA e a Brigada de Controle Ambiental, dependente da Subsecretaria de Meio Ambiente da Nação, a cargo da Dra. Ana Lamas e, com a intervenção do Tribunal Federal 2 de Lomas de Zamora, a cargo do Dr. Ernesto Kreplak. O Promotor Público de Lomas de Zamora, a Polícia Federal Argentina e a Brigada de Controle Ambiental colaboram com Freeland ao longo do último ano, incluindo a criação de redes internacionais para obter e compartilhar informações e recebendo treinamento e apoio utilizando inteligência a partir de fontes abertas (OSINT). 


Além do chefe da operação, foram presos Jorge Néstor Noya, Federico Manuel Testa, Guillermo FUNES e Marcelo Alejandro Araujo. Federico Gustavo Oliva, Leonardo Martin Destefani Villafañe e Carlos Pablo Escontrela são procurados e têm mandados de prisão emitidos em seus nomes.


A diretora da Freeland para a América do Sul, Juliana Machado Ferreira, chamou a operação de "sem precedentes para a Argentina e impressionante em qualquer escala, globalmente".  "A Freeland parabeniza a Força-Tarefa Argentina por derrubar essa notória organização criminosa", acrescentou Ferreira. " Também agradecemos ao Gabinete de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei do Departamento de Estado dos EUA, por patrocinar o treinamento e as atividades da rede que ajudaram a levar a essa ação de aplicação da lei histórica."

Enquanto as investigações continuam, as autoridades estão avaliando os enquadramentos para acusação, que provavelmente irão muito além das leis ambientais, mas que não podem ser revelados. Durante a operação, foram resgatados 1 puma e 3 catetos.  Os caçadores que envolvidos nas caçadas de Noya vieram principalmente dos Estados Unidos e da Europa. Suas caçadas também foram promovidas em plataformas de caça dos EUA e da Europa.

 

Para maiores informações e fotos: freelandbrasil@freelandbrasil.org.br

 

A Freeland é uma organização global que ajuda os governos e a sociedade civil a proteger a vida silvestre, as pessoas e os ecossistemas do tráfico. Atualmente, a Freeland gerencia um programa regional de combate ao crime contra a vida silvestre na América do Sul, que inclui a Argentina, apoiando as agências de aplicação da lei com treinamento e facilitando as redes de contato. O programa é patrocinado pelo Gabinete de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei do Departamento de Estado dos EUA. www.freeland.org

 

A Freeland Brasil, é o braço sul-Americano da Freeland, e é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, cuja missão é a conservação da biodiversidade através do combate ao tráfico de espécies silvestres usando a abordagem de três pilares interdependentes: educação, capacitação e política. A Freeland Brasil trabalha por um mundo sustentável e livre do tráfico de espécies silvestres. www.freeland.org.br 



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O estudo realizado pela Transparência Internacional Brasil, no âmbito de um projeto coordenado pela Freeland, identificou um conjunto de 24 atividades de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.


O relatório foi feito a partir da análise de diferentes casos e operações de combate ao tráfico de fauna no Brasil e traz uma lista de recomendações, entre elas a criação de uma estratégia nacional de combate ao tráfico de fauna, o fortalecimento dos órgãos ambientais e dos sistemas de controle de fauna e a mobilização de instrumentos anticorrupção e antilavagem.


O projeto coordenado pela Freeland, “Expandindo a Detecção, Investigação e Julgamento de Casos de Tráfico Transfronteiriço de Espécies Silvestres, através do Brasil e Argentina, enquanto Promove a Coordenação Transnacional”, tem o apoio financeiro do Departamento de Estado do governo norte americano, através do Gabinete de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei (INL). Além da Transparência Internacional, a Freeland Brasil tem como parceiro neste projeto o IFAW (International Fund for Animal Welfare).


Para acessar o relatório clique na imagem abaixo


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A FREELAND Brasil no âmbito do projeto Observatório do Tráfico de Fauna, acaba de lançar o relatório “O TRÁFICO DE FAUNA SILVESTRE SEGUNDO AS NOTÍCIAS: AVALIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES PUBLICADAS PARA O BRASIL, ARGENTINA E PARAGUAI ”


O projeto Observatório do Tráfico de Fauna da Freeland Brasil iniciou em Setembro de 2020 e desde então acompanha as notícias que reportam ações de combate ao tráfico de fauna silvestre no Brasil. O relatório agora publicado traz a análise sobre cinco anos de notícias publicadas na mídia digital e inclui, para além das ações reportadas para o Brasil, as notícias divulgadas para a Argentina e o Paraguai, totalizando mais de 80 mil links analisados.  O relatório, produzido sob coordenação da Dra. Nadia Moraes-Barros, Coordenadora de Ciências da Freeland Brasil, traz os principais padrões e tendências do tráfico de fauna silvestre e constitui a primeira análise feita em nível nacional, utilizando como fonte de informação notícias publicadas na mídia digital. O foco da análise é o Brasil, mas a publicação traz também uma discussão sobre indícios de tráfico transnacional que envolva a região da tríplice fronteira sul-americana.


A publicação é lançada no escopo de um projeto coordenado pela Dra Juliana Machado Ferreira, Diretora Executiva da Freeland Brasil, e financiado pelo Gabinete de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei, do Departamento de Estado dos Estados Unidos (INL, U.S. Department of State).


O relatório é estruturado em diferentes temas, trazendo uma análise geral sobre que tipo de dados se pode obter das notícias, os diferentes componentes ou etapas da cadeia de atividades que envolve o crime de tráfico de fauna silvestre, a descrição dos crimes associados identificados e a de onde e o quê é apreendido. Este último tópico destaca os animais mais frequentes nas apreensões registradas e traz a lista de nomes de todos os animais descritos nas notícias e, quando possível, seu correspondente nome científico.


Esta publicação, lançada agora em sua versão digital, está disponível no site da Freeland Brasil e seu acesso se dá através do preenchimento de um formulário simples. Em breve serão publicadas as versões em inglês e em espanhol. Para acessar o formulário e baixar relatório clique na imagem abaixo.



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